13 de junho de 2007

Sobre mim.

Eu tive um blog lá pelos idos de 2003, mas não lhe dei a devida atenção e o mesmo feneceu.

Pena. Se tivesse tido um pouquinho mais de força de vontade talvez a revolta dos loucos tivesse vingado. Sim esse era o nome: Revolta dos Loucos, embora o endereço pudesse dar a entender diferente, algo como Revoltados Loucos (revoltadoslokos). Foi proposital. Hoje não têm muita graça esses joguinhos de palavras, mas na época soava tão diferente, tão legal.

Agora só o que me resta é uma pequena toca, onde ninguém lê o que escrevo (não que isso seja problema) e eu mesmo não escrevo tanto quanto poderia, com todas as minhas teorias mirabolantes que deixei para trás em minha adolescência. A revolta deste louco ainda persiste, mas não tão arrojada quanto em minhas eras prístinas.

Pena.[2]

Realmente não me incomodo que ninguém leia isso aqui. Nem minha namorada lembra-se de dar uma passada aqui, de quando em vez. Até prefiro assim, já que tenho opiniões que podem magoá-la e não costumo expressá-las. Só aqui, como foi o caso do post intitulado “Who wants to live forever?”. Ela não leu, ainda. Ou pelo menos não deixou transparecer o ódio que deveria estar sentindo por minha pessoa. Leia o post até o fim e este parágrafo se tornará mais inteligível.

Voltando ao assunto, não dou a mínima (mesmo!) para o fato de não possuir leitores. Se tem algo que tenho observado em outros blogs e que é foda pra caralho (pode falar isso nesse horário?) é que tem muita gente que deixa comentários cheios do chatês (linguagem de chat, que é chata mesmo, como miguxos, e.g.) que se tornou quase obrigatório em todos os locais da internet. É nessas horas que agradeço muito por ninguém ler meu blog: se ninguém lê, ninguém comenta e não tenho que agüentar gente com QI de seres unicelulares dizendo tais coisas.

Mas tergiverso. O que ocorre é que pensei neste texto enquanto deixava um comentário no JMC, que postou uma nota sobre um texto feito pelo Moskito. Concordo com ambos. É realmente estranho se sentir velho e não tenho mais paciência para os blogueiros de hoje em dia. Não generalizo e realmente existem coisas boas por aí, mas os bons se tornaram, infelizmente, a exceção. Continuo lendo apenas alguns dos clássicos. Não que meus textos e comentários sejam bons, mas procuro ser legal. E juro que me esforço para escrever direitinho, mesmo porque, minha profissão assim exige.

Mas é isso aí. Sou utopista (não, não é o cara que é fã do site do Pedro, embora o seja também) e acredito em um mundo onde nem uma pessoa se utilize das abomináveis abreviações inventadas por quem não tinha nada o que fazer (vc, tb, tdb, ctg tbm...) e toda a linguagem chata (que vem de chat, não se esqueçam) que povoa a Grande Rede. Mas é só isso. Não vou exigir que todos saibam lançar mão da correta utilização da gramática pátria, afinal até os sonhos têm limites.

Fica o conselho: quem estiver querendo criar um blog, tenha a hombridade de conhecer alguns dos antigos blogs para saber como é que se faz um trabalho decente. Juro que estou me esforçando.